UM SOPRO QUE PASSA
Nossos olhos que ainda
Refletem o nosso passado,
Hoje lembram apenas as noites
E na alma eu ainda um rebelde...
Tu não temas do vento o açoite,
Mas esperes, confiante e sorrindo
Tu não tens culpa do terror deste mundo!
Quanto a mim... de ter sido teu amado.
Meu coração foi recôndito profundo,
Sou um perdido asteróide apenas flagrado
Um sopro que te passou, um rio fluindo,
Vulto na neblina, uma névoa, um pó...
Mesmo sabendo do amor tão sagrado
Ao jurares chorando: que seríamos um só.
E nós? Esplendor de uma vida; assim fugindo?
Nossas vidas... um espelho partido no chão,
Cada fragmento refletindo o seu mundo
Mesmo sabendo que isso, nossas vidas não são.