Muros Brancos
Olhos escuros, por trás de muros, ilusões
Será que vivo, será que morro, mil razões,
Para sofrer, definhar e sucumbir....Corrosões
Minha pele, minha face dúbia e triste, minha dor,
Que não existe e inexiste, porque existe
Desejos, trocas mudas de beijos, segredos
Amantes, imigrantes da paixão, degredos
Na ponta dos teus dedos estão os fios da vida,
Que vacilam, que dormitam em confissão
Voo livre, segues firme no caminho, sozinho
Não morrerás, jamais, nunca mais
Tudo se tornará em verso, o reverso da moeda
A escarlata, ouro e prata, tons de branco
O quebranto da lágrima, o sal do mar
A forma do lábio, ósculos esculpidos
Asas de cupidos, despedaçadas a nadar
Flechas quebradas, dores quebrantadas
O que será que me dá, eis o que há