Silenciado

À Franciélia Oliveira, amiga querida.

Faltou-me somente o ar na tua frente

Não faltaram palavras, na mente.

Cá estava, aéreo, disperso, morto

Pairando acima da tua majestade,

Sem coerência nem equidade,

Um cetro à tua mão, um torto.

Cá estava silenciado, ouvindo

As águas mansas sorrindo

Ao tocarem tua pele de veludo

E aqui, calado, suspenso, mudo

Insistia em adorar-te, pedindo:

- Ó ninfa de olhos maldosos

Não afaga meus cabelos desejosos

Se não poderei aos teus afagar

Se não poderei abraçar, amar

Se não poderei ao teu ouvido me debruçar.

Izaías Serafim
Enviado por Izaías Serafim em 26/04/2013
Código do texto: T4261394
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