Palavras do Tempo Amor
Os raios do luar
Já deitam sobre a folha ainda em branco,
Feito a própria lua flutuando nos céus
Desta de noite de silêncio pelas vielas
E a solidão dos verbos outonais, vem do âmago!
O tempo caminha devagar
Como areia na ampulheta ou o vento
Entalhando os castelos na praia,
Lábio no aguardo do gosto de mar!
No vislumbre dos versos, vida!
Seios envoltos em seda, mãos aveludadas
E marejadas pelo orvalho da flor desenhando
Todo o relevo de um quadro único ao amor!
Da essência o destino pede passagem
Pelo abraço, afago, lagos, tua boca beijar!
As vozes da madrugada
Fazem-se em ecos, ecos sublimares,
Doces sabores, dores mares... Amares!
Em olores revela-se o amanhecer,
Edos ao sol invadindo a floresta, seresta,
Cantos e ruídos, maestro vento, entontece
Menestrel pelo nobre do sentimento!
26/04/2013
Porto Alegre - RS