Ao Tocar da Rosa Vermelha

À noite nem tinha despertado

E o céu emprestava-se em tela ao crepúsculo,

Já recebendo em estilo a jovem senhorinha,

Lua, hoje cheia, mística, lírica, uníssono

Como tu, em longos tecidos... Ais teus!

Da janela entre aberta

A doce muda idolatrada palavra,

Inundava o ambiente, girando e girando

Pelo que estava ausente ao toque,

Mas ao olhar a vermelha rosa presente!

Pelo lábio verteu o beijo,

Etéreo lamento do voejo lampejo,

Oh, abraço seresteiro, do leito carícia!

Nada se apequena

Quando aura devaneia em corsários imos,

Trazendo dos calabouços todo o sentir das liras

Em notas prosaicas, idílicas naturas!

Ao piano, as veste ao chão foram-se.

Vestindo cada traço da pele,

Cada veio criado pelo pranto, amor,

Amor luar lunático, alpha ao silêncio,

Gama ao teu corpo úmido sofreguidão!

25/04/2013

Porto Alegre - RS