Do esquecimento

Do que fui e o que fiz cabe aos olhos de quem vê.

Melhor ainda, de quem sente.

Ao que pertenço

a quem pertenço

não presto atenção.

Dormi e vivi em alguma palavra apenas.

Para lembrar do que era amor,

do que era ser beijo na ponta da boca.

Eu pertenci á nada.

Ou o nada me pertence.

Em algum instante

irei caber em uma memória

distante, subjetiva.

Só aí rei pertencer

(quem sabe eu você)

ao esquecimento.

Tayla Ferreira
Enviado por Tayla Ferreira em 24/04/2013
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