Do esquecimento
Do que fui e o que fiz cabe aos olhos de quem vê.
Melhor ainda, de quem sente.
Ao que pertenço
a quem pertenço
não presto atenção.
Dormi e vivi em alguma palavra apenas.
Para lembrar do que era amor,
do que era ser beijo na ponta da boca.
Eu pertenci á nada.
Ou o nada me pertence.
Em algum instante
irei caber em uma memória
distante, subjetiva.
Só aí rei pertencer
(quem sabe eu você)
ao esquecimento.