MARCAS DO QUE...


Ainda resta o cheiro da camisa na cadeira
Da última vez que esteve ao lado.
Marcas no corpo inteiro tatuadas em grafite.
Grafite do nosso suor com aroma de amor.

Ah, voz gemendo no gozo intenso alisando,
Escorrendo suor deixando molhados os cabelos.
Sabor saudade da falta desejosa da chegada.
Pois nada foi esquecido do antes ocorrido.

Pernas entre pernas, corpo colado amor perfeito.
Tudo insere lembranças das marcas do que se foi.
Não é brincadeira, é amor maduro seguro por vivência.
Jamais se esquece de semelhante aconchego.

Sabe-se esperar, pois cada vez aumenta
A brincadeira guardada a sete chaves.
Pode ser de casinha ou invenção
Na criatividade imorredoura do faz de conta.

Fica-se ofegante, a voz cala sussurrando baixinho,
Para que a concentração não seja perturbada.
Delírios acontecem diferentes dos anteriores.
Acredita-se que as marcas ficaram documentadas.


 









Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 24/04/2013
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