FORA...
FORA…
Lá vou eu... e vou levando um pranto
Num peito desconsolado
As abas dos lábios pinçados
Retendo o meu lamento.
Quieto no peito lá dentro
Guardo um som como acalento
Da promessa de momento
Que os teus lábios falaram
Pedindo pra dar um tempo
Que depois resolveríamos.
Não decretamos a morte
Pois a morte já havia
Agimos com madurez
Pra não levantar o fedor
Nem menos provocar dor
Usamos de fingimento
Quando afirmávamos... Tudo bem.
Mas como, se “Bem“ não havia?
E o amanhã que seria
Nunca mais que vai chegar!
Foram só palavras faladas
Floridas, confeccionadas
Que diziam ser um fim
Sem falar em acabar!
...