FORA...

FORA…

Lá vou eu... e vou levando um pranto

Num peito desconsolado

As abas dos lábios pinçados

Retendo o meu lamento.

Quieto no peito lá dentro

Guardo um som como acalento

Da promessa de momento

Que os teus lábios falaram

Pedindo pra dar um tempo

Que depois resolveríamos.

Não decretamos a morte

Pois a morte já havia

Agimos com madurez

Pra não levantar o fedor

Nem menos provocar dor

Usamos de fingimento

Quando afirmávamos... Tudo bem.

Mas como, se “Bem“ não havia?

E o amanhã que seria

Nunca mais que vai chegar!

Foram só palavras faladas

Floridas, confeccionadas

Que diziam ser um fim

Sem falar em acabar!

...

Nasser Queiroga
Enviado por Nasser Queiroga em 24/04/2013
Reeditado em 25/06/2020
Código do texto: T4256691
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