Inspiração na desilusão

Como hei de rimar amor

Se o que me domina é singela dor?

Já não posso docemente sorrir

Se o que me afligia é ver teu partir.

Me resta apenas angústia sincera

De não mais poder o que antes pudera

Como em teu abraço me encontrar.

Há como, portanto, me contentar?

Por mais que não há razão em prender-se

A um passado que não pode reiniciar-se

Não é necessário de ti me esquecer

Quando é a esperança que me faz viver.

Logo continuo, por ti, a versejar

O que intensamente de mim emanar

E o que esse amor enalteceria

És tu, de que é feita esta poesia.

Katlyn Dias
Enviado por Katlyn Dias em 23/04/2013
Reeditado em 10/05/2013
Código do texto: T4256281
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