Não desistiu de caminhar (em nós) o amor

Quando pauso nos segundos

que me oferecem a vida,

pergunto-me, amado, o que

fazes (ainda) do meu lado,

segurando minhas mãos, detendo

teus olhos aos meus...?

As cores, hoje, se misturam

neste ocaso carregado de nós;

crepúsculo de tons (sobre)viventes

em céu esmaecido,

aguardando o sol partir...

(quem sabe o amanhã virá...?)

Meu relógio em ti é objeto

supérfluo e o teu (em mim)

artefato bélico; campo de batalha

do nosso tempo, levando-nos guerreiros

para objetivos que parecem não

mais serem sonhos... Nestas horas,

sinto falta de tua voz e percebo-a

alegre quando escuta a minha,

feliz por sabê-la a tua procura.

Então...

Abraça-me com tua ternura aquecida,

trejeito menino sempre sorrindo

na grandiosa compreensão e, invenção

de dar sabor à união.

Despe-se do orgulho ou vaidade

quando entrosa me em teu mundo

e despachas meus conflitos e...

dá-me paz...

Daí a percepção;

afinidade não acabou

(durante os anos)

caindo em mim a verdade...

Amo-te, amo-te todo esse tempo!

MarySSantos
Enviado por MarySSantos em 23/04/2013
Código do texto: T4255732
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