Sabe aquele sonho que se sonha acordado
 
que nem bem abrimos os olhos
 
retorna ao olhar, extasiado?
 
 
Você engendrou na minha alma
 
este sonho que vara o dia
 
E não termina...
 
Pulsa sempre na palavra não dita
 
esconde-se na semente pequenina
 
que beija o chão e enfim germina.
 
 
Doce menina, sutil mulher...
 
sua voz pela tarde que me envolve
 
traz o descanso prometido das sereias...
 
 
E a tela que vislumbro é pura luz
 
azul, dourado, carmim...
 
no quadro exato do seu fascínio
 
a mulher que quero para mim.