DESCULPE A CONFUSÃO

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Desculpe se tenho em mim, impulsos maiores,

Se necessito diariamente poetizar a vida.

Se acaso não for capaz de dizer que sou de um dono só,

Pois não me cubro de grilhões ou nós, gosto de me perder por aí

e nem saber de mim...Deixar a alma em uma esquina, e sair vazio para espairecer.

Não vale a pena cuidar de mim.

Desculpe meu bem, se meus passos não deixam rastros

Se minha sombra já fugiu de mim, e devias a tua fugir também.

Desculpe se vejo vida em tão pouca coisa, e vejo minha vida em outras vidas,

E às vezes até, esqueço de ti.

Desculpe também, se minha alma que andou perdida, encontrou-se bem em tuas retinas,

E agora pôde voltar a sorrir.

Se escondo de ti, meu maior segredo, bem guardado na casa do respeitado Desejo,

Essa mania de enfeitar meu ego, e regá-lo à zelo.

Desculpe, por jamais lhe apresentar meu egoísmo, mesmo banhando-me dele todos os dias, jamais penso em te deixar saber.

Desculpe meu desejo tolo, de ser alguém melhor para ti, se já sou o melhor para mim,

e o teu melhor é quem me faz assim.

Desculpe toda essa confusão, em tua mente, tua alma, teu coração.

E minhas tentativas em vão, de amar menos a ti.

Desculpe por pedidos de desculpas sem arrependimento, por crimes obscenos que eu nunca cometi.

Desculpe essa loucura inconstante, que não consigo deter, porquê deve ser bela a vida,

para ser bonito de se viver.

E desculpe se é demais para você. Se és demais para mim. Se sou demais para mim. Se é de menos para você. Se é para você o menos de mim.

Desculpe, por criar tanto caso, e fazer tanto acaso, onde deveria ser apenas a vida.

Por fazer do acaso, transformar-se em um caso, onde deveria ser apenas amor.

Daiane Alves
Enviado por Daiane Alves em 21/04/2013
Reeditado em 21/04/2013
Código do texto: T4252814
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