TUDO QUE EU SEI
Façamos um trato:
Deixe-me cair nos vãos dessa esperança, que dos estilhaços às asas eu me descobrirei que não quebro.
Apenas celebro um luto geográfico traduzido pelo medo encorajado após o laudo da solidão, que outrora me periciou, e agora te desenha!
Ser-te resenha, escrever-te em mim - desmoronar meus orgulhos, até que dos escombros de minha senzala emocional, surja a forma de teu império.
Posto que o mistério enfim findou e se meu eu tiver que ser sem mim, então que seja ao teu lado.
Tatuado no traslado que só desiste de viajar, ao achar nosso elo latente.
Pois o amor que me obriga a abrigar-me em ti, precisa ser assim:
um bando adoçado de lucidez incoerente...
reticente a cada reinventada convicção.
Um furacão de vento breve,
Toneladas de lágrimas em riso leve...
Descrito no anonimato do que nenhum peito existente, jamais sentiu, ouviu ou sente!
Igual a tudo que difere de suas próprias aparências...
Negado pelas evidências - firme qual a implosão que o edifica...
Que cada vez que foge muito mais nos unifica...
Tão forte e tão covarde - exatamente como a gente!
Porque eu nunca saberei o que dizer...
Enquanto tudo que eu souber dizer...
É que eu amo você!