Minha Princesa do Sertão
Paixão em versos e cores,
Dá-me sempre o teu coração,
Mesmo que ainda eu lamente,
Entre as fartas palhas verdes,
Carrega-me em teus afáveis braços,
O teu único verso com saudação.
Bela é Caxias de Gonçalves Dias,
Teófilo Dias e Coelho Neto,
Terrinha correndo as emoções,
Dos casarões e tantas igrejas,
Monumentos da Guerra da Balaiada,
Cruzada por sangue e conquistas.
Onde as petas caem em cada dobra,
E vira manchete jornalística,
Ora duplicando em várias esquinas,
Às vezes, enterrando nua sem a lua,
Cidade com gentis cabelos verdes,
Esmeraldino e caem nos meus olhos.
Ó minha Veneza de águas cristalinas,
Entre o sol da meia-noite é meu solado.
É bom desgustar um Pirão de Parida,
Na terra de mulheres tão lindas,
Filhas do grande índio Guanaré,
Das verduras da estrela nascente dos cocais.
Torrão dos homens cultos,
Da minha terra natal é o meu berço,
De grandes vultos nacionais,
Orgulho-me da prole nas veias,
Das tabas de uma admirável índia,
E dos traços marcantes na face da vó Teodora.
Ali, abrolhou o meu avô,
Da clã portuguesa de George Lopes,
Fino alfaiate da moda europeia,
Atendendo na mais alta costura,
Da elite da Princesa do meu Sertão,
Fostes um músico por excelência e paixão.
Senhora e dama dos meus dias,
Beldade que enlatece em cada letra,
Varão do despontar do Morro do Alecrim,
É um céu trivial de cortinas verdes e coloridas,
Um retrato onde brotei as minhas gemas,
Altaneira do meu estrelado de matizes.
Duqueza e rainha é sempre Caxias,
Dos bares que nuncam fecham,
Ao sair do teu manto, eu voltei,
Pra sentir o abraço que não produzistes,
Nas linhas quebradas destes versos,
E cantados no cume dos meus sonhos.
Às vezes, medito que estou em Caxias de Oeiras,
Na esplêndida freguesia portuguesa,
Avistando o mar entre as pedras, ali baterem,
E noto a Quinta Real de Caxias,
Talvez, quem sabe, eu terei que navegar o atlântico,
E buscar o conforto noutros abraços com mel.
Se a taba negar a vozes gráficas,
Sentirei as faíscas azuis caírem no meu corpo,
Inundando e brilhando nos meus pobres sentimentos,
Caso contrário, eu irei ao mar Adriático,
Rever as colunas do sínodo e exorar proteção,
Ao Santo Erasmo pelo canal do mar Adriático.
Por toda aquela vastidão sagrada,
Onde as luzes carregam os feixes luminosos,
Atraem a cor azul do meu coração,
Onde o sangue escorrega nas ondas,
Produzindo a candeia dos meus dias,
Em versos incontáveis como o céu do universo.
Das ruínas do forte da Guerra da Balaida,
Ao museu do Centro Histórico,
Na antiga Fábrica de Tecidos,
Entre tantas belezas naturais,
Ó minha Caxias de minhas alegrias,
Onde sempre caminho sorrindo.
Escrito em 22 de setembro de 1977
Paixão em versos e cores,
Dá-me sempre o teu coração,
Mesmo que ainda eu lamente,
Entre as fartas palhas verdes,
Carrega-me em teus afáveis braços,
O teu único verso com saudação.
Bela é Caxias de Gonçalves Dias,
Teófilo Dias e Coelho Neto,
Terrinha correndo as emoções,
Dos casarões e tantas igrejas,
Monumentos da Guerra da Balaiada,
Cruzada por sangue e conquistas.
Onde as petas caem em cada dobra,
E vira manchete jornalística,
Ora duplicando em várias esquinas,
Às vezes, enterrando nua sem a lua,
Cidade com gentis cabelos verdes,
Esmeraldino e caem nos meus olhos.
Ó minha Veneza de águas cristalinas,
Entre o sol da meia-noite é meu solado.
É bom desgustar um Pirão de Parida,
Na terra de mulheres tão lindas,
Filhas do grande índio Guanaré,
Das verduras da estrela nascente dos cocais.
Torrão dos homens cultos,
Da minha terra natal é o meu berço,
De grandes vultos nacionais,
Orgulho-me da prole nas veias,
Das tabas de uma admirável índia,
E dos traços marcantes na face da vó Teodora.
Ali, abrolhou o meu avô,
Da clã portuguesa de George Lopes,
Fino alfaiate da moda europeia,
Atendendo na mais alta costura,
Da elite da Princesa do meu Sertão,
Fostes um músico por excelência e paixão.
Senhora e dama dos meus dias,
Beldade que enlatece em cada letra,
Varão do despontar do Morro do Alecrim,
É um céu trivial de cortinas verdes e coloridas,
Um retrato onde brotei as minhas gemas,
Altaneira do meu estrelado de matizes.
Duqueza e rainha é sempre Caxias,
Dos bares que nuncam fecham,
Ao sair do teu manto, eu voltei,
Pra sentir o abraço que não produzistes,
Nas linhas quebradas destes versos,
E cantados no cume dos meus sonhos.
Às vezes, medito que estou em Caxias de Oeiras,
Na esplêndida freguesia portuguesa,
Avistando o mar entre as pedras, ali baterem,
E noto a Quinta Real de Caxias,
Talvez, quem sabe, eu terei que navegar o atlântico,
E buscar o conforto noutros abraços com mel.
Se a taba negar a vozes gráficas,
Sentirei as faíscas azuis caírem no meu corpo,
Inundando e brilhando nos meus pobres sentimentos,
Caso contrário, eu irei ao mar Adriático,
Rever as colunas do sínodo e exorar proteção,
Ao Santo Erasmo pelo canal do mar Adriático.
Por toda aquela vastidão sagrada,
Onde as luzes carregam os feixes luminosos,
Atraem a cor azul do meu coração,
Onde o sangue escorrega nas ondas,
Produzindo a candeia dos meus dias,
Em versos incontáveis como o céu do universo.
Das ruínas do forte da Guerra da Balaida,
Ao museu do Centro Histórico,
Na antiga Fábrica de Tecidos,
Entre tantas belezas naturais,
Ó minha Caxias de minhas alegrias,
Onde sempre caminho sorrindo.
Escrito em 22 de setembro de 1977