Sono

Me brota da alma algo de excêntrico

Algo que não se faz valido dizer

Um rascunho mal feito de verdades

Coisas medíocres e sem valor

Versos tristes que escrevi para você

Nas minhas noites de insônia solene

Em que não me restava nada, a não ser lembranças

Me contentava ao menos com os retratos, seus sorrisos

Com sua tez branda petrificada em pedaços de papel

Algo de cruel a torturar-me as entranhas vazias

Me entregava as tristes agonias

As lágrimas regadas com as ceras das velas acesas

Que iluminavam os papeis amarelos,

As folhas desordenadas, os pinceis calados

Sobre a mesa em que eu te desenhava

Carol S Antunes
Enviado por Carol S Antunes em 18/04/2013
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