Natureza é música
Quando as rosas falavam contentes,
as pétalas abriam e voavam.
E sob um pouso, suave e doente,
o cheiro vazio destas estava.
E quando demora os passos pequenos.
E quando ausenta um olhar de quem dera.
Somente os pássaros- na melopeia,
assustam as flores, e a primavera.
E um sorriso assume o tipo,
daqueles olhos esbugalhados.
Nada te amedronta, eis que te digo,
nem o destino mesmo traçado.
Como uma dádiva de flores,
O céu acolhe ‘desperta’ e ama.
E há de querer- aquelas cores,
para pintar o amor o amor que chama.
E há de navegar- no mesmo azul,
Querendo o sol, a beira-mar.
Pálido a sombra- o corpo nu,
O mesmo toque irá cantar.