Do Peito Amor

Mais um dia se foi

Levado pelo sol que já beijou o horizonte,

Pedindo que o céu fosse bordado em lantejoulas

E o luar espelha-se nas águas guiando

O navegante do mar e o da folha sem pautas!

No culto às margaridas sobre o balcão

Raios luares solidão, um grito pelo breu...

Do silêncio tua voz em lamentos!

Como o som de um guitarrista no telhado

Na face escorre a lágrima de um pranto contido,

Um verso perdido por mudos avessos

E frases que teimam riscando-se em linhas

Pedindo mais que um sopro de vida... Vinho!

Vá pelos trilhos do sempre

Divina locomotiva, divina comédia do cálice!

Em cada gota de orvalho

Há esperança cantando em alto e bom tom!

Pela pétala umedecida

Um rio fazendo do caminhar um devaneio

De estros e sonhos prosaicos mágicos,

Feito um saltimbanco no picadeiro do viver!

16/04/2013

Porto Alegre - RS