ENIGMAS
A você que o destino me trouxe,
Não chamarei de linda, nem anjo, nem flor,
Porque alguém já deve tê-lo feito,
E tudo seria mera redundância.
A você que as coincidências me uniram,
Não esconderei que estou muito surpreso,
A fugacidade do ocorrido me deixou atordoado,
E eu fiquei muito confuso e inseguro.
A você que os equívocos assustaram,
Não proferirei justificativas acessórias,
Pois, assim foi por que deveria ter sido,
E já não podemos mudar coisa alguma.
A você que mergulhei em mil dúvidas atrozes,
Não poderei trazer as respostas imediatas,
Só o diálogo e o convívio nos mostrarão por inteiro,
O mistério mágico de cada um dos nossos mundos.
A você que não merece um julgamento precipitado,
Darei uma chance de me revelar sua autenticidade,
Decifra-me que a desvendarei todinha,
E talvez possamos unir cada minuto dos nossos dias.