O Amor Dobrou a Esquina

Clara da Costa

Na varanda o sol espreita, raios dourados se despedem...

ela continua ali, com seus devaneios,

sensações,

pensamentos vãos.

A saudade dói, a cabeça quer pensar,

a emoção quer amarrar,

a razão manda soltar.

a noite teima em melancolizar.

O amor dobrou a esquina,

não bateu a sua porta,

esquecido,

perdido.

A verdade foi ficando na estrada da saudade

entre incertezas caladas,

angústias isoladas,

sentimentos abstratos.

As esperanças transformaram-se

numa espécie de borboleta frágil,

que voa solitária nas asas da ilusão,

entre o encanto e a dor.

Clara da Costa
Enviado por Clara da Costa em 14/04/2013
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