As plantas do aquário
As plantas do aquário foram destruídas
por espingardas
de inseticida
Os dramas da corte de bobos
esmagaram alguns pierrots
Mas a glória da despedida
com meu beijo em tua virilha
ninguém ainda roubou
Voltamos ao século 18
poetas amando-se por carta
distância, desejo e rimas
com gosto de serenata.
Você não me ouve eu não te vejo
Você não me vê nunca mais
Já sabe que meu endereço
é um prédio nas capitais
E nossa rima que guardamos para querer
a aula que eu ia te dar
o passeio junto ao mar
Você tavez se deixe confundir
porque para a ilusão a ti bastará.
Mas enquanto eu me contorço
em uma cama na fome e na dor
a vontade da febre
junto a suas dobras
é meu estigma
ter-te por Salvador!