DEVANEIO
Devaneio
Eu como insano que procura na lua feições daquela que ama...
Como quem caminha a passos lentos pelas ruas e olha as estrelas
Como quem deseja alcançar o inaudito...
Eu teus passos imagino e os sigo!!
Sigo teu perfume roubado pelo vento
E por um momento no calor do desejo
Sinto o sabor dos teus lábios em minha boca debruçados
Revivendo da minha vida, o sonho mais sagrado.
E na luxuria dos meus devaneios, entorpeço e demasiadamente choro!
E agora meu olhos banhados em lagrimas
Sinceras e tristes revelam meu riso pálida
Deixado por esse desassossego que me assalta em noites de lua clara.
Esse querer mais forte que minha moral
Que meus versos e minha poesia não conseguem contar
Que deixa rastros feito vendaval
Que nem mesmo o poeta consegue cantar...
Esse torpor que me invade as veias e rouba meu sangue
Que me faz vê-la e não mais olhar pra traz
Que me faz ama-la como ninguém mais...
Esse amor que me deixa incapaz de mim!!!
Ai de mim coração insano
De loucura destemida!!
Meus olhos chorosos serram o horizonte
Já não há sentido nesta vida!!
O caminhar já não tem a mesma linha
Não há outra saída!!
Cai a lua, mas não há poesia.
Nascem as estrelas, mas o brilho não me irradia.
Um completo inerte numa estrada
À luz de um novo dia!!
Acompanho teu cheiro trazido pelo vento
E neste momento já não me pergunto
Se for certo ou errado desenterrar o passado
Ou viver o presente
Eu quero uma poesia contente
Que narre esse querer ascendente
Que me prende a ela com correntes de diamantes
Eu quero é reviver nossos tempos de amantes...
E juntos caminhar nesta estrada de poeira e cristais
Eu quero é subir ao ouvido dos deuses imortais e lá
Falar baixinho com o coração em paz:
Não nos separem jamais!!