Canção da Meia Noite, Amar
Fugida luminância
Lança-se ao céu hoje pardo,
Sem estrelas, sem luar, no peito
A dor da palavra riscando o rabisco,
Pranto desabafo, a brisa traz a canção!
Ainda nos primórdios da noite,
Janela entre aberta, luzes pela ribalta
Sob a tela em vermelho, flores,
Botões a desabrochar entre um beijo,
E um olhar comedido de amor!
Doze badaladas... Meia noite!
Por versos e verbos bordados, edos a alma,
Tatuagens ao âmago tecendo linguagens,
Chaga viva do coração, aos lábios nuances!
Há um tom de mistério
Invadindo a madrugada feito pipa
Ganhando as nuvens embora cinzas,
Repletas de vida em cada gota
Que orvalha o jardim, a face em ébrios,
Maculada embarcação!
12/04/2013
Porto Alegre - RS