Omissão

Proíbo as minhas palavras

de te visitarem,

meus olhos de te enxergarem,

meus ouvidos de te ouvirem.

Improviso outra voz mesquinha

que descorajosamente nega,

escondendo de ti o que sinto.

As promessas não falam por mim

já trouxe o amanhã paro hoje

confessando que o destino errou.

Desisto de escrever e já não posso nada.

Prendi a palavra,

fechei os olhos.

O que me há mais de existir?

Um mundo desbotado e sem pessoas,

uma ave que não voa

nada mais de mim..., nada!