ALMAMENTO
Do outro lado do pensamento
Vivem pássaros sem asas
Que se vestem de borboletas
Para morar em casulos
E quando fecho os olhos do corpo
Abrem-se os olhos d’alma
Vendo tudo o que estava
Por estes lados escondidos
Eu ganho asas
Dentro do meu almamento
E vejo tudo aquilo que
O meu pensamento imaginava
O meu corpo desencorpado
Ganha dimensões etéreas
Que só as almas possuem
E quando sem se fazer perceber
Ele desce macio num campo florido
Pousa delicadamente numa flor lilás...
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11.04.13