Olhares feitos de estrelas
No céu em vapor enegrecido a sombras de estrelas
Encanta mil olhares cativando os anseios da alma
Que se aquietam em ver as luzes piscando
Silenciosamente dentro do manto obscuro.
Cativantes piscas-piscas que deixa saudade
Em céu noturno mareado de contos lunares
Que se entrelaçam em segredos profundos
De desejos ardentes de quem busca existir.
Soldado leal que olha para o céu buscando
O aconchego do lar em despedida clama
Ao próprio olhar a paz de quem quer voltar.
Choro contido da companheira fiel
Que mantém a esperança de ver uma vez mais
Seu Amor para sentir-se novamente completa.
Sonhos que evaporam com o dia azul
Olhos que de luzes mil, vem às rosas vermelhas
Desabrocharem ao redor em terreno lodoso
A espera de ser apanhada e cuidada
Sei que não sei que desaparece em segundos breves
Quando a frente vê-se a estrada que levam os pés
A um caminho doloroso e sem sentido
Cheio de guerras externas que se internalizam
Céu azul manchado de sangue que apagam estrelas
Que venha o fim em serenidade sem covas
Para que o ultimo suspiro seja sereno e não em dor
Céu roxeado que se desaba em si em mais uma noite
Triste até a primeira estrela de recordação
Que tanto cativou, o soldado e a amada em espera sem trégua.
Estrada saturna, noturna que olhares perdidos caminham
Buscando aquecer-se da solidão em mundos distantes
Antes de amanhecer só sentados na distancia física dos corações
Que se buscam em terno carinho de seu eterno Amor.
Estrada saturna, noturna de olhares mil que encanta
A esperança de novos encontros distantes
Enquanto um corpo se encontra em guerra
E outro na espera para reaver-se sem dor.
Anjo cego que atravessa a noite procurando
Abrir caminho sem se esquecer de ver os entalhes
Dos contos ainda em ponto de contar histórias
Anjo surdo que já fechou seus ouvidos
Para não ouvir as vozes em dor
Deixe sonhar o soldado antes de partir.