Chamado Amor
Estranho, me parece que hoje à noite
Deitou-se mais cedo sob a cidade
Como se tornasse ainda mais mágico
O anoitecer dos versos em verbos
Dos avessos em seus reversos!
Ao longe o luar, transmutação,
Elegendo ao deleite tua nau,
Tu, olhos de céu!
O mar azula-se, espelha-se
Regendo sobre as vestes tuas
Um tudo de um todo de um etéreo poema
Chamado de amor... Amor d’alma... Ebulição!
Netuno anuncia o estrelar te responde, alumiando
Teu chão de giz, tua grafia em palavras Inusitadas,
Feito o beijo que roubei na primavera,
Regado de quimeras, raras antologias, paixão!
Supremo seja o nu da nudez
Do estro entre os seios, da lágrima
Criando mais um veio, um sacramento
Eleito no peito, no leito, no jeito,
No trejeito do alvorecer!
09/04/2013
Porto Alegre - RS