Poema para Ninguém
Gosto do que em ti
há de estranho a mim
do lugar onde não te encontro
Traduzo meu não a mim
no ato selvagem de comer
a pétala mal vinda
Solidão:
Tua flor
é o malmequer
Gosto do abismo intransponível
que habita em sua alma
do olhar atento que me degela
da ligeireza dos pensamentos
que compreendem que cada salto
abriga a opção do vôo ou da queda