O AMOR
“O AMOR”
O amor,
É a mentira...
Que se apega...
É a sentida remessa
Do ar para o mar,
Que se vela;
É a luz,
Em que a manhã se prega...
É uma janela,
Em que a vida se dá!
É o beliche,
Que se espera...
É a fantasia,
Que se nega...
À vida deixar;
É a ferida
Em que se impera;
É a companhia,
Para um dia de se lapidar
É a velhice
Que penetra,
Ao coração,
Que não se deixa amar.
É a tolice,
Que se rebela,
Daquele...
Que se desespera
É a falência,
Da entrega;
É a demência,
Que desperta;
É a queda,
Da sandice...
Que refizera,
O caminho mais nulo,
De não se inquietar
É sabor inculto,
De um beijo em recluso
É o passo,
Mais obscuro,
Sem recurso,
De quem,
Vitimado,
Por não estar ao seu lado,
É o só,
Que não se deixa ficar.