Esqueci o teu perfume
Tua voz não lembro mais
Nem os caminhos que fazias
Distraida
Pelos cantos e recantos
Da casa que abandonaste.
Esqueci teus conselhos
Tua fé, tua arrogância
A solene e divina
Doença
De amar muito a Deus
E pouco aos teus.
Não recordo, nem de longe
o traço dos lábios doces
Que amei beijar e eternizar
Nos poemas em que musa fostes
O amor que amei e ainda vou amar.
Mas ora cultivo esta amnésia
Sou homem, preciso vingar
Não o desespero, mas a sobrevivência
Preciso ir em frente
Não posso ficar...
E assim cultivo esquecimentos
Como quem planta jardins ao luar...
E abandonando -te nas dobras
Da noite muda
Grito a réstia de mágoa
Que, lembrada, insiste em ficar.
Tua voz não lembro mais
Nem os caminhos que fazias
Distraida
Pelos cantos e recantos
Da casa que abandonaste.
Esqueci teus conselhos
Tua fé, tua arrogância
A solene e divina
Doença
De amar muito a Deus
E pouco aos teus.
Não recordo, nem de longe
o traço dos lábios doces
Que amei beijar e eternizar
Nos poemas em que musa fostes
O amor que amei e ainda vou amar.
Mas ora cultivo esta amnésia
Sou homem, preciso vingar
Não o desespero, mas a sobrevivência
Preciso ir em frente
Não posso ficar...
E assim cultivo esquecimentos
Como quem planta jardins ao luar...
E abandonando -te nas dobras
Da noite muda
Grito a réstia de mágoa
Que, lembrada, insiste em ficar.