O passado presente

Eu vivo o sonho de ontem,

um passado impretérito que

jamais se tornará realidade,

mas se fará sempre presente.

Respiro o amor que não se consuma.

Minhas mãos tateiam no meio da noite,

procuram tua face lívida e sincera.

De manhã elas choram, solitárias.

A caneta e o papel, o casal perfeito.

Graças às minhas mãos eles se encontram.

A caneta sangra, o papel grita.

As palavras ganham o mundo,

mas minhas mãos ainda estão sozinhas

e tateiam pelo passado durante a noite.

Rodolfo Kowalski
Enviado por Rodolfo Kowalski em 08/04/2013
Reeditado em 08/04/2013
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