O passado presente
Eu vivo o sonho de ontem,
um passado impretérito que
jamais se tornará realidade,
mas se fará sempre presente.
Respiro o amor que não se consuma.
Minhas mãos tateiam no meio da noite,
procuram tua face lívida e sincera.
De manhã elas choram, solitárias.
A caneta e o papel, o casal perfeito.
Graças às minhas mãos eles se encontram.
A caneta sangra, o papel grita.
As palavras ganham o mundo,
mas minhas mãos ainda estão sozinhas
e tateiam pelo passado durante a noite.