Na cidade alagada.
"Na escuridão da noite,no carro.
Olho à direita e à esquerda,pigarro
Vejo a cidade à mercê de seus fantasmas,
Só o teu beijo guloso me entusiasma.
Na minha alma,a tua voz delicada,
Faz nascer a manhã de forma sussurrada.
Você colocou a minha camisa de trabalho,
Vendo-a linda com os cabelos molhados
Pela chuva e o orvalho.
Te faço carinhos,tu fazes biquinho,
Tu tiras tuas sandálias de salto,
enquanto a água começa alagar o asfalto.
Das coisas que na vida não tem preço
Tê-la do meu lado,
fazendo a cada cansaço,um novo começo,
Faz valer o que está escrito até do avesso."
Barthes.