SENSAÇÕES
Como explicar
O que não é explicável
O que não tem lógica
O que não tem sentido
Mas são intensamente sentíveis
Com a mesma força do vento
Que passa doce ou destruidor
Que sequer o vemos
Apenas sentimos
Perplexos olhamos em torno
Percebemos sua passagem
Porque ficaram suas marcas
Deixadas em poucos segundos
E assim a cada passagem
Vai delineando sua forma
Demarcando seu espaço
De forma apenas sentível
E a pergunta ao olhar o seu rastro
Fica pulsando no coração e na mente
Que deseja negar e rejeitar
Mas fragilmente sem forças cede
E num bailar de sensações
Que oscilam entre o prazer
E a dor do não querer
Fica a doçura do querer