Bebendo as palavras
Bebendo tuas palavras...
Inflamando o peito...
Um feche em chamas...
Lavas de um vulcão em erupção...
Devorando como a teu corpo
Sentir-se resolutamente carente...
De uma saudade, de certa nostalgia...
De coisas que um dia queria ter vivido...
Ficar deprimida, sentir uma agonia indefinida...
Sentir-se reprimida e se mostrar atrevida...
Querer provocar um gesto ainda que modesto...
Pra sentir-se mais perto do teu universo.
Só lágrimas salgadas...
Por sentir que ama e poderia ser amada...
Com a alma inquieta não pensar em mais nada...
Temerosa em ficar apaixonada.
Vivendo um sonho que não levará á nada...
Talvez mágoas por pessoas amadas...
Amargar o passado por não estar ao lado...
Ficar mudo e permanecer...
Pensar que no mundo só existe...
Meu “eu” pra você!
Querer que teu corpo sempre apetecesse...
Os desejos insanos que nunca sentiu...
Que só conheceu no momento...
Que você lhe sorriu!
Quando surgiu num sonho virtual...
Num portal entre mundos!
Vasculhar seus vestígios...
Procurar num paraíso de flores...
Descobrir seus amores...
Plantados entre as folhas...
Já enraizados em outros jardins...
Para mim só “jaz...”mim!
Um mundo enfim... Muito diferente!
Separando a gente...
A mente é repressora...
Traidora e professora...
Á tudo profecia incita e cria...
Imensa agonia deseja alforria.
De quem sempre queria...
Acreditar que amaria...
Assim poderia...
Talvez algum dia...
Desfrutar o prazer...
De sentir-se desejada!
De ser sempre a amada...
De você!