Uma volição


Eu quero encontrar um paraíso,
E fazer do empíreo um doce amor,
Será a galeria de risos que me faz isso?
Meditar no destino por esse verdor?

Onde posso desfrutar as delícias?
Talvez, de uma grande idolatria,
Não sinto a solidão bater entre as folhas,
Dessa aragem sem qualquer margem.

Eu não sinto dores por todo o espaço,
Apenas procuro e não encontro o sonho,
O que encontro não me satisfaço nos fatos,
É algo que não aspiro sem um forte tato.

Eu amaria apreciar aquela linda mulher,
De cabelos amarelados da minha rua,
Longos como uma cauda de cavalo,
De passos macios e muitos encantados.

Beijando aqueles açucarados lábios,
E me afogaria no seu paladar,
Até o despontar do outro dia.
Ali, nasceria uma monte de alegrias.

Naqueles momentos afáveis e de sabor,
Eu vou me esconder na sua cabeça,
Embriagar por longos anos de paixão,
Até o dia em que o sertão virar uma canção.


Escrita em  18 de setembro de 1979

Vídeo

http://www.youtube.com/watch?v=h8VGQTtENSs



ERASMO SHALLKYTTON
Enviado por ERASMO SHALLKYTTON em 07/04/2013
Reeditado em 07/04/2013
Código do texto: T4227550
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