RITUAL

Dobras o guardanapo

Como quem dobra

a vela de um barco.

Dobras a ilusão

de estarmos juntos

– timoneiros –

proa dos caminhos.

Dobras a mim com este teu jeito

e me enrolas neste suado lençol

onde o cálice é pequeno

vinho escoado

de ti e de mim.

Do livro O SÓTÃO DO MISTÉRIO. Porto Alegre: Sul-Americana, 1992, p. 64.

http://www.recantodasletras.com.br/poesiasdeamor/42270