RELVAS A ME CARICIAR

vou jogar uma Pena

No mar agitado

Vou jogar uma pena

Para acariciar a tormenta

Porque vejo um pouco de medo

Em suas oscilações

Então me entrego paras as profundezas

De uma pureza não habitada

Jogada ao vento insípido sobre mim

Acalento do meu prazer

Gostaria de ser leve como sou

Leve à cortejar aquela agitação

Que eu não pude negar

Mas o medo não chegará

Nem quando as relvas brancas afundar

Porque é no fundo

Que quero tocar.

Bruno de Pádua.

04/04/2013