EXAUSTÃO
Odir Milanez
Transpiro e respiro.
Aspiro, expiro e transpiro,
continuadamente.
Escancaro a janela.
A noite adentra com o escuro quente.
O sono se esconde debaixo da cama.
O vento se aventa
lá fora, e não entra.
Onde está quem me ama?
Quem me ama inda existe?
A noite se cala
e o vento não fala.
O sono aparece
e me leva pra sala
e me deita e me embala
num velho sofá.
Do escuro da noite,
do vento me esqueço
e, temporariamente,
num tempo repente,
sem quê nem pra quê,
adormeço em você.
JPessoa/PB
oklima
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Sou somente um escriba
que ouve a voz do vento
e versa versos de amor