PRISIONEIRO DO AMOR

Na rubra noite não tem sol

Vermelho sangue, celestial, nostálgico

Têm cinérios estratagemas de feitiço

Que quimerizam seus rombudos orifícios

Na noite escura não tem amores

À procura de um recanto de esplendor

Oh! ave negra que pousa sobre o pedestal

- Turíbulos de incenso, magia e horror!

Vejo em teus olhos os cantos etéreos

Sobre as aras em lugares celestiais

De nuvens brancas cintilando o mistério

O mistério? Eu vou lhe contar..

São os teus olhos que se apelidam felicidade

São tuas asas, alvedrio para o amor

E o teu canto, terna ventura, claridade

Brancas nuvens, cinérios laços dos céus

O espírito de Deus pondo-se a andar sobre as águas

E a felicidade nas asas da noite a lacrimejar

Desejando que se abracem os cantos etéreos da ternura

De modo que não levem minha liberdade de amar

Pois se calando, todo o Universo suspira a saudade

Beijando a face, num sussurro à eternidade

jairomellis
Enviado por jairomellis em 22/03/2007
Código do texto: T422092
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