HORIZONTE
HORIZONTE
No Oasis do pensamento
Um vulto um inquietamento
A pousar sobre as pálpebras dos sonhos
A febre retida da alma
A atravessar a sala da espera
A porta entreaberta
Avistando o horizonte
Nem sempre são as pontes
Em que voamos ao sol
Às vezes as sombras
As cúpulas das sementes
Ainda não vingadas
São tímidas
A beira da estrada...
Passa o vento outonal
Passam as chuvas copiosas...
As folhas nos lombos das prosas
Os poemas no vendaval
A viajarem nas pautas...
A tinta azul no pensamento,
O retrato mágico do momento...
Que se esvai...
Dissipando-se na luz...
E no tudo que reluz,
Ainda ouço um grito
Nos poros do amor...
Bramindo o som no coração do tempo...
Escrevendo uma reza
Que ainda verseja...
Você!
Poesia Marisa Zenatte
* Direitos reservados.