"Ana Júlia"
Ela é minha lembrança do futuro, amor criança transitando o vetusto. Seria um futuro imperfeito feito o que tive antes? Seriam ímpares as nuances entre meu passado e o nosso instante? Só sei que ela não demora me domar com sua boca de amora que mora em mim sem moderar. Ela foi moldada pra me namorar e amar, ser minha dama, demasiando a chama que me faz queimar. Nela encontrei outro vício para meu amor etílico ressacado em paixão, nela achei outros títulos para esses idílios escritos em vão. Ela me esquenta, alenta minh'alma em sua fala serena, um lenitivo para meus amores primitivos que roubaram o sangue de meu coração lívido. Meu contexto aguarda alguma intertextualidade, um pretexto para testar seu beijo e inalar seu cheiro em algum cinema da cidade. Meus textos aguardam alguma figura de linguagem, nossas línguas em sinonímia por entre metáforas e o medo da saudade.