Amor Amigo.

Que adiantas ser lembrado, exaltado, admirado se não amado?

Até amado, que importa?

Não posso amar aquela que me ama.

Pudor deveria eu sentir, por querer-te que a mim vindes com augusta ternura?

Ternura qual me conquistou, roubou para ti meus devaneios.

Amo-te, sim, que mal há nisso?

Conheço teus segredos, tua sina!

Não és para mim parva volúpia

Do contrario, tu és virtude!

Soberbo é meu sentimento, amo-te.

Peco por tal ato?

Se assim, não ruborizo-me, pois límpido é meu amor

Como um diamante

Rijo e generoso.

Não compreendes a dádiva de minha paixão?

Não sou como os outros que a ti desejam por mero aprazimento

Quero-te em absoluto!

Conheço-te em veemência para tal convicção.

Abstende-te de meu afeto e este se tornará vestuto!

Débil e escusado, nada mais denotará a mim!

Portanto brado-te para que reconsidere tua deliberação

Mas se este se sustenta, que esteja certa de teu arbítrio.

Intransigente
Enviado por Intransigente em 22/03/2007
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