Amor Amigo.
Que adiantas ser lembrado, exaltado, admirado se não amado?
Até amado, que importa?
Não posso amar aquela que me ama.
Pudor deveria eu sentir, por querer-te que a mim vindes com augusta ternura?
Ternura qual me conquistou, roubou para ti meus devaneios.
Amo-te, sim, que mal há nisso?
Conheço teus segredos, tua sina!
Não és para mim parva volúpia
Do contrario, tu és virtude!
Soberbo é meu sentimento, amo-te.
Peco por tal ato?
Se assim, não ruborizo-me, pois límpido é meu amor
Como um diamante
Rijo e generoso.
Não compreendes a dádiva de minha paixão?
Não sou como os outros que a ti desejam por mero aprazimento
Quero-te em absoluto!
Conheço-te em veemência para tal convicção.
Abstende-te de meu afeto e este se tornará vestuto!
Débil e escusado, nada mais denotará a mim!
Portanto brado-te para que reconsidere tua deliberação
Mas se este se sustenta, que esteja certa de teu arbítrio.