Coração leve

Chorei feito menina arteira

Não pude controlar meu gênio

Minha maneira de ser

Meu comportamento

Segurei minhas pernas,

E elas não me sustentaram

Segurei meu canto sombrio

E ele veio tomar conta de mim

Estava aterrorizada, com medo

Não fui eu quem disse que foi ruim

Foram tantos anos no mesmo vazio

Do qual acabei me acostumando

Viver assim é tão perigoso quanto morrer

Não se tem o sentimento de vai dar certo

Somente o de que vai dar tudo errado

Era dessa maneira que engolia meu coração todo dia

Por parecer só e machucada

Levantar foi um ardor sem fim

Uma fantasia antiga,

Da qual precisava ser real

A gente pode ser o que quiser,

Santo, demônio, animal, famoso, rico, pobre

Que cada arranhão vai continuar lá

Esperando com que o olhe, e o perceba

Fui sendo tão conivente quanto minhas dores,

Pois elas estavam sempre por perto pra me mostrarem,

O quanto maltratarão e o quanto me submeti em senti-las

O passo pro fim dependia de mim

E está ai o que busco até hoje coragem,

Fé, apoio no religião, no amor, na vida, na felicidade

Tudo na tentativa de desviar os olhos do medo, da frustração, do rancor, da agonia, do pavor de tudo que pode continuar a me fazer mal.

Naty Silva
Enviado por Naty Silva em 01/04/2013
Código do texto: T4218459
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