Profecia

Enxague o sangue das tuas chagas

Sem forças se entregue à fantasia

Os braços abertos na pura ironia

Abraça o teu povo em tuas asas.

Teu peito transpassado pela lança

Lançada pela mão do destino

A esperança da vida é teu hino

Um desafio à morte, a desesperança.

É teu este imenso e diverso universo

Fonte da loucura e eterna melancolia

Espinhos de fogo encravados e imersos

Em tua coroa de rei, já tão sombria.

Afaste-se deste copo de cerveja

Também desta disforme fantasia

Recolha as moedas sobre a mesa

E passe para outro a profecia.

alexandre montalvan
Enviado por alexandre montalvan em 01/04/2013
Reeditado em 01/04/2013
Código do texto: T4217775
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