O BOÊMIO E O LUAR
Numa rua um barzinho...
Sentado a mesa do bar,
O boêmio olha encantado o luar!
Pede ao garçom que lhe sirva
Pequena dose de uísque
Pra sua garganta molhar.
Naquela rua é que mora
Aquela mulher que adora
Sua musa e inspiração.
Mas ela não corresponde
A sua louca paixão.
E assim o pobre poeta
Fica no barzinho a chorar
Pelo amor que não lhe quer.
Faz versos para cantar
Ao toque do violão...
O tamanho da paixão
Que guarda no coração.
E saindo pela rua sob a luz da lua...
Tropeçando nos seus passos
Chega até a casa dela.
E embaixo de sua janela...
Pegando o seu violão
Canta o seu amor por ela.
Mas a moça não lhe escuta...
Com certeza está dormindo.
E o pobre do boêmio
Volta para aquele barzinho...
Pra curtir sua tristeza.
Pede ao garçom mais um copo...
O uísque lhe faz companhia
Até o dia amanhecer,
Pois nem a luz do luar...
Quis com o boêmio ficar!
There Válio -29-03-13