Um coração, um amor, duas vidas.

Destemido, ora, meu coração se faz...

Exacerba uma paixão quase infinda,

Que nem lhes toca a palavra “jamais”,

Que do amor em seu peito palpita.

Ah, pobre sou eu diante desse amor tão voraz,

Que semeia n’alma um desejo profundo de vida...

Será que amar assim traz-me a guerra ou a paz?

Ou será apenas mais um sonho que em mim se habita?

Do impossível presente a minha sublime realidade...

Serás tu meu sol no mar que banha tranquilidade?

Ou serás de mim apenas um anseio de sorte?

Oh, vida! Tu que, assim, me roubas a cena e me desatina,

Dizei-me o que deste amor se difere ser: ”veneno ou vacina”...

Pois a diferença alguém, que já amou, me falou ser só a dose.