Eu...
Todas as vezes que você se aproximava,
Um arrepio frio percorria-me a espinha.
As palavras eu mal conseguia pronunciar,
Era como se eu estivesse embriagada
Você me embriagava com sua presença!
De tudo eu sabia...
Mas quis arriscar.
Declarei-me a ti, com voz embargada na garganta
Num dia chuvoso e frio.
Fiz você saber de todo o meu amor...
Nunca pensei que fosse capaz!
Você quieto me ouvia
Analisando toda a informação com semblante sério.
Às vezes parecia estar gostando do que ouvia.
E eu trêmula insistia...
Falando do meu amor...
Falando da minha dor.
Quando vi que havia dito tudo, parei a encará-lo.
Ansiosa, aguardava por tua resposta.
Você olhou-me com ternura,
Disse que era loucura e que naquele momento
Não tinha a mesma coragem que a minha.
Tristemente lhe disse adeus.
Hoje você mora nos meus sonhos.
Não me arrependo do que fiz, poderia ter tido um final feliz,
Como nos contos de fadas e novelas...
Onde o autor acrescenta o fim!