Ausência

Tua ausência dói em mim

um lamento de outrora.

O tempo não foi capaz de apagar

o que sinto, nem mesmo de amenizar

a angústia de agora.

Os dias passam e, no silêncio

das horas, lágrimas desaguam tua

presença em mim.

Quando cai a tarde e

o crepúsculo inunda

o céu com tintas vermelhas

o coração sangra de saudade.

Não há o que fazer,

além de maturar o sentimento,

juntar os resquícios do amor que

vaga em mim feito

sombras na noite.

Enquanto isso, tu navegas

em mares distantes, em

rotas alteradas, no vazio

que deixaste em mim.

O que fica é apenas

o aroma de tua ausência, o sabor

de uma lembrança que ainda

perambula pela casa e,

perversa, traça no poema

um discurso de saudade.

Rita Venâncio
Enviado por Rita Venâncio em 27/03/2013
Código do texto: T4210942
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