APOLOGIA POÉTICA
Sem expectativas, ponto. Sem interrogação.
Partindo do nada ao longo da estrada e são!
Aboliu-se o hábito que o tornava um dom,
Culminou num gemido de claro e bom som!
Frisson! E num estalo tudo ali se calou
O soluço, o sorriso, até a brisa parou.
O tempo desperdiçado caiu no esquecimento
Perdeu-se de A a Z na solidez do momento.
E o poeta inconsequente dele se apropriou
Da dor e da ânsia objeta que assim o criou
Da insistência inquieta e vivaz em sua mente,
É sua vida e a poesia faz-se em tudo que ele sente!
Fale das suas vaidades e das crenças irreais
Das notícias da cidade e das coisas banais
Em profunda sabedoria mergulhe o seu sentir
Mas no amor vai perder-se e só aí vai existir!