Dá-me o teu cálice!

E se eu ainda bebesse

Verteria eu um conhaque.

Para não ter que engolir à seco

Todas as lágrimas tuas...

De todos os remorsos confessados teus.

Beberia eu do te cálice.

Bebo eu do teu cálice...!

Sombrio e sem forma alguma!

E com todas as formas fundas!

Do fundo...

Do poço...

Do tempo.

Da poça que faz no chão...

A lágrima tua em vão.

A lágrima minha em vão.

Karla Mello

26 de março de 2013

Karla Mello
Enviado por Karla Mello em 26/03/2013
Reeditado em 26/03/2013
Código do texto: T4208999
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