Um Porto sem Solidão
Já sopra da montanha, a brisa,
Ventos que moldam a pedra,
Doam-se como melodia as águas
E pelos teus cabelos sussurram...
Pura canção!
O céu finalmente borda-se ao olhar,
A gestora do misticismo, ao sentimento
Pulsando forte dentro do peito, o gosto de mar
Refletindo seio nu, da pele prata luar!
Junto ao âmago, inebriada paixão,
Alimento do ventre, do colo desnudo,
Sonoro agudo desfilando em versos
Alvéolos sejam os velos pelo silêncio,
Do corpo em devaneios... Ah, chora serenata!
Pelas enseadas deslizou a roupagem
Vestindo-te em liras do lirismo,
Flores holandesas o encontro dos lábios,
Molhados, vindima ocasião do amor em retratos,
Dos novelos êxtase amanhecer!
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Ficou o luar em seu pôr,
Em um porto sem solidão!
25/03/2013
Porto Alegre - RS